O policial militar Daniel dos Santos Soares, acusado de matar a tiros o juiz da comarca de Camamu, Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro, no mês de julho, se apresentou, às 6h da manhã desta quarta-feira, 6, no Centro de Custódia Provisória do Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas. De acordo com a assessoria de comunicação da PM, não há informações sobre o que motivou Daniel a se apresentar no Batalhão, já que inicialmente era prevista a sua apresentação na Corregedoria da Polícia, no bairro da Pituba. O soldado chegou ao Batalhão acompanhado do seu advogado e em seguida foi encaminhado ao 12° Batalhão da PM, em Camaçari, onde ficará custodiado.
Daniel teve a prisão preventiva decretada por homicídio doloso e porte ilegal de arma, na última sexta-feira, 1º, pelo juiz Ernane Garcia Rosa, da 2ª Vara Crime, que acatou pedido do Ministério Público. Apesar de decretada na sexta-feira, a prisão do policial não pôde ser cumprida antes, devido ao artigo 236 do Código Eleitoral brasileiro, que determina que no período de cinco dias anteriores ao dia da eleição até 48 horas após, nenhum eleitor pode ser preso ou detido. Nesta quarta-feira, termina o período de vigência da lei.
De acordo com os promotores que denunciaram o soldado, Antônio Luciano Silva Assis e Davi Gallo Barouh, a arma utilizada pelo PM estava em seu poder de forma ilegal, “uma vez que, não sendo de propriedade da Polícia Militar, tinha registro vencido e em nome de terceira pessoa, além do que o registro provisório em nome do denunciado, datado de 31 de dezembro de 2009, válido por 90 dias, estava expirado”, afirmam.
Caso - O juiz da comarca de Camamu, Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro, de 38 anos, foi morto pelo soldado da Polícia Militar, Daniel dos Santos Soares, no último dia 10 de julho, após uma briga de trânsito nas proximidades do shopping Iguatemi, em Salvador. De acordo com Daniel, que estava em serviço quando o caso aconteceu, o juiz havia fechado seu carro e logo em seguida descido do veículo com uma pistola 9mm em punho.
O soldado alegou que atirou na clavícula do magistrado, na intenção de detê-lo, mas a vítima teria seguido adiante, sendo baleada no abdômen. O PM solicitou socorro, mas quando a ambulância chegou o juiz já estava morto. Carlos Alessandro integrava o Conselho Fiscal da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab).
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Policial que matou juiz está preso no 12º Batalhão da PM em Camaçari
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
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1 comentários:
A sociedade tem que entender que o pedido de prisão formulada pelo ministério publico não condiz com efeito de condenação final e sim um meio de se estudar o assunto com mais clareza,o fato é que o juiz morto vinha sendo ameaçado de morte e por isso portava uma arma para sua propria segurança,vamos esperar o término das investigações para dar-mos nossas opiniões com certa razão e não acusando o ministerio publico e os magistrados de corporativismo,houve um crime e é dever do setor de justiça dar uma resposta com clareza `a sociedade,que o o policial é um despreparado não tenho dúvida e deve pagar sendo condenado,por outro lado nunca como cidadãos defender um assassino como fizeram em frente ao um shopping aqui em salvador,pergunto;e se a vitima fosse parente de um daqueles que estavam na manifestação a favor do policial,como seria então?fiquemos calados e esperemos justiça que sei que vai ser feita pois temos muitos bons promotores de justiça em nosso estado e com certeza vão elucidar este brutal e covarde crime.
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