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Porto Seguro: audiência de morte dos professores é suspensa

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O juiz Roberto Costa de Freitas Júnior, titular da Vara Crime de Porto Seguro (a 709 km de Salvador, no extremo sul baiano), suspendeu temporariamente a audiência que teve início na última quarta-feira, 16, para ouvir as testemunhas sobre a morte dos professores da APLB/Sindicato, Álvaro Henrique Santos, 28, e Elisney Pereira Santos, 31, em setembro do ano passado.

A nova data foi marcada para os dias 19, 20 e 21 de julho, quando serão ouvidas cinco novas testemunhas de defesa e ocorrerá também o interrogatório dos quatro acusados pelo crime. Até lá, os PMs Sandoval Barbosa dos Santos, 37, Geraldo Silva de Almeida, 29, e Joilson Rodrigues Barbosa, 29, continuarão detidos no 8º BPM; e o ex-secretário de Comunicação e Governo de Porto Seguro, Edésio Lima Dantas, 44, permanecerá preso em Salvador, para onde retornou ontem.

Troca de acusações - Os depoimentos desta sexta-feira, 18, chegaram a ser suspensos por aproximadamente 10 minutos por conta das constantes trocas de acusações entre o advogado de defesa dos PMs, José Cesar Souza Oliveira, e o Ministério Público (MP), representado pelo promotor Dioneles Leone Santana Filho, um dos responsáveis pela acusação.

Segundo a defesa, o MP se baseou em “duas pessoas desqualificadas” para iniciar o processo, referindo-se aos traficantes Marcelo Santos da Fonseca e João D’ajuda Cardoso Filho, que, em seus depoimentos, acusaram policiais civis e militares de envolvimento com o tráfico de drogas.

Um dos traficantes ouvidos, que é conhecido como “Marcelo Caôlho” disse, no primeiro dia da audiência, que foi procurado pelos PMs para executar os professores e que o pagamento seria feito pelo ex-secretário de Comunicação e Governo de Porto Seguro, Edésio Lima Dantas, mas não aceitou assassinar os professores.

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