Turistas saem do Hotel Intercontinental sob a proteção da PM
Um dos suspeitos de participar da invasão no Hotel Intercontinental, em São Conrado, no Rio de Janeiro, na manhã deste sábado, que ficou ferido durante o confronto com a polícia, foi localizado no Hospital Getúlio Vargas. De acordo com a polícia, ele fugiu em uma ambulância da favela da Rocinha, para onde foram muitos dos envolvidos no tiroteio de mais cedo.
De acordo com policiais do 16º BPM, de Olaria, ele está custodiado no hospital e deve ser transferido para o hospital militar.
Mais cedo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro apresentou, na 15ª Delegacia de Polícia (Gávea), os 10 homens que invadiram o hotel e trocaram tiros com policiais militares, na zona sul da cidade. Os homens foram levados em um veículo blindado, chamado de Caveirão. Segundo a polícia, 26 funcionários do hotel também estiveram na delegacia.
O grupo preso é parte de um grupo maior, estimado em 60 pessoas, que foi surpreendido por policiais militares quando estava se deslocava em cinco vans e dois carros em direção à Rocinha. A suspeita é de que eles estariam retornando de uma festa no Vidigal, morro localizado entre o Leblon e São Conrado. Os comandos do tráfico nas duas comunidades são pertencentes à mesma facção criminosa.
Na fuga, 10 invadiram o hotel pela cozinha. De acordo com o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) coronel Paulo Henrique, o grupo fez 35 reféns, mas não fez nenhuma exigência para libertar as vítimas. Ele afirmou que a mãe de um dos criminosos e um representante da associação dos moradores da Rocinha ajudaram na negociação, que durou cerca de duas horas.
Os reféns foram libertados às 11h30. Nenhum deles foi ferido e os 10 sequestradores foram presos. No grupo estava o traficante conhecido como Perna, que de acordo com Paulo Henrique, é braço direito de Nem, comandante do tráfico na favela.
Na troca de tiros fora do hotel, uma mulher morreu e sete pessoas ficaram feridas - entre elas, quatro policiais militares do 23º Batalhão. Um sargento levou um tiro no joelho. Um outro sargento e um soldado levaram tiros nas mãos e um cabo levou um tiro no antebraço.
Policiais confirmaram que um dos traficantes chegou a ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Rocinha, mas teria fugido. Não há confirmação sobre outros traficantes feridos.
Entenda o caso
Por volta das 8h deste sábado, um grupo de traficantes entrou em confronto com a Polícia Militar nas proximidades da favela da Rocinha. Dez criminosos fugiram e invadiram o Hotel Intercontinental, no bairro de São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro. Na troca de tiros, morreu Adriana Duarte de Oliveira dos Santos, 41 anos. Segundo a PM, a mulher fazia parte do grupo e havia mandado de prisão temporária expedido contra ela desde fevereiro.
Sete pessoas ficaram feridas, mas quatro já receberam alta. Os traficantes fizeram 35 reféns, entre hóspedes e funcionários, na cozinha do estabelecimento. Depois de quase duas horas de negociação com o Bope, o grupo se entregou. Com eles, foram apreendidos oito fuzis, cinco pistolas, munição, granadas e rádios.
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